Entrando na terceira década deste novo milênio, nos percebemos muito ansiosos e deprimidos, revelando profundo mal-estar psicológico.

Freud já abordou essa questão em 1929-30, com suas reflexões no texto “Mal-estar na civilização”, onde destaca a repressão dos desejos no contexto civilizatório: o contrato social que nos oprime e tira nossa liberdade.

Bauman, escritor polonês, faz, na década de 1990, uma releitura de Freud no seu livro O mal-estar na pós-modernidade, onde destaca o mal-estar ligado à liberdade ilimitada, ao “é proibido proibir”, que, segundo ele, pode, pelo excesso de liberdade, criar o fastio, o tédio e nos deixar sem rumo, exaustos e desbussolados.

Ehrenberg, escritor francês, desde o final do século passado e, particularmente, no seu livro A sociedade do mal-estar, de 2010, alerta para as raízes do mal-estar com foco na autonomia e no individualismo da sociedade contemporânea.

Todas essas reflexões sobre o mal-estar sugerem um esforço para compreendê-lo. Fica inequívoco, porém, o fato de que o mal-estar existe e merece nossa atenção.
Não há caminhos curtos para a solução desse incômodo: a questão do mal-estar contemporâneo é complexa e exige muito cuidado para não tratarmos do problema com respostas medíocres e ineficazes.

Mesmo considerando a condição caótica do mundo em que vivemos, mesmo considerando o sofrimento como condição inerente à vida, podemos, pelo menos, acolher a possibilidade, ou se quisermos, a esperança, na sensibilidade e na inteligência humanas para oferecer alguma ajuda.

Ações que possam ajudar nas reflexões sobre as raízes do mal-estar contemporâneo e apresentar experiências que possam contribuir para uma melhor gestão sobre o mal-estar são algo inquestionavelmente necessário e válido.

Este é o propósito da 50-50 SEL Solutions com os seus Cursos e o Aplicativo BeNow: uma educação socioemocional fundada não só na ciência, mas, também, na sabedoria reunida e acumulada na filosofia.