30 Jun 2023 | Artigos
EPICURO NOS ENSINA QUE SER FELIZ ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS
Você já se perguntou o que significa ser feliz?
Existe um tipo de felicidade que, digamos, está na moda. Basta acessar as redes sociais para ver gente feliz por todo lado. Mas será que a felicidade é isso mesmo?
Não para Epicuro, filósofo da Antiguidade grega. Para ele, felicidade é sinônimo de hedonismo: aproximar-se do que é prazeroso e fugir do que é doloroso. Todavia, engana-se quem acredita que o prazer está ligado aos exageros e excessos.
Na verdade, é justamente aí que reside uma das fontes de dor: quanto mais se quer, mais se sofre. O prazer pleno não se realiza na satisfação dos desejos, mas na remoção dos desejos não-naturais e não-necessários (riqueza, status, poder).
Epicuro nos ensina que é preciso pouco para ser feliz. Para ele, a felicidade está alicerçada em três palavras gregas: aponia, ataraxia e philia.
Aponia é estar bem fisicamente, sem dores, com o corpo em perfeito funcionamento. Ataraxia é a ausência de perturbações na alma, ou seja, estar bem mentalmente. E philia diz respeito a ter laços autênticos e profundos de amizade.
Se você tem o necessário (comida, bebida, moradia), se está com o corpo saudável e está em paz mental, você atingiu o hedonismo.
Mas convenhamos que não é fácil estar livre de aflições mentais. Aí entra a Filosofia, que nos ensina a moderar os desejos utilizando a racionalidade.
“Uma vez que tenhamos atingido esse estado, toda a tempestade da alma se aplaca, e o ser vivo, não tendo que ir em busca de algo que lhe falta, nem procurar outra coisa a não ser o bem da alma e do corpo, estará satisfeito. De fato, só sentimos necessidade do prazer quando sofremos pela sua ausência; ao contrário, quando não sofremos, essa necessidade não se faz sentir.”
Desse modo, para Epicuro, seria possível viver a imortalidade nesta vida, no aqui e agora.
“Medita todas estas coisas e nunca mais te sentirás perturbado, mas viverás como um deus entre os homens. Porque não se assemelha a um mortal, o homem que vive entre bens imortais.”