“A compreensão mútua entre os seres humanos, sejam eles próximos ou estranhos, é doravante vital para que as relações humanas deixem para trás seu estado bárbaro de incompreensão. Portanto, há a necessidade de estudar a incompreensão desde suas raízes, suas modalidades e seus efeitos. Este estudo é tanto mais necessário porque enfoca não os sintomas, mas as causas do racismo, xenofobia e desprezo.

Ao mesmo tempo, constitui uma das bases mais seguras da educação para a paz, à qual estamos vinculados por essência e vocação.

A comunicação é triunfante, o planeta está entrecruzado de redes, telefones celulares, modems, Internet. No entanto, a incompreensão geral ainda é a regra. É claro que testemunhamos um tremendo progresso no entendimento mútuo. Mas a incompreensão parece progredir ainda mais. O problema de compreensão tornou-se crucial para os seres humanos, e minimizá-lo deve ser uma das finalidades da educação do futuro.”

“… Na verdade, os circuitos do cérebro emocional frequentemente se sobrepõem aos do cérebro racional e pensante. Acho que há uma mensagem forte nisso: a emoção trabalha com a cognição de uma forma integrada e contínua para nos permitir navegar no mundo dos relacionamentos, do trabalho e do crescimento espiritual. Quando a emoção nos energiza, somos mais capazes de nos concentrar para encontrar um novo emprego, para ampliar nosso pensamento, para integrar criativamente informações diversas e para manter nosso interesse em uma tarefa na qual queremos perseverar. Nesses casos, a emoção não está interrompendo nem perturbando, como sustentava a visão dos anos 1970; ela é facilitadora. Um sentimento permeia praticamente tudo o que fazemos. […] Não há uma linha divisória clara e distinta entre a emoção e outros processos mentais; eles se confundem…”

“No mundo atual, não basta ser inteligente, esperto e preparado para competir. É preciso ter calma e empatia e persistir diante das frustrações para conseguir viver bem no amor, ser feliz com a família e vencer no mercado de trabalho.”

“Um bebê nascido hoje terá por volta de 30 anos em 2050 … O que devemos ensinar a esse bebê que o ajudará a sobreviver e florescer … conseguir um emprego, entender o que está acontecendo ao seu redor e navegar no labirinto da vida? … O mais importante de tudo será a capacidade de lidar com a mudança, de aprender coisas novas e de preservar o equilíbrio mental em situações desconhecidas.”

“A educação atual é um fracasso total porque enfatizou demais a técnica. Ao enfatizar demais a técnica, destruímos o homem. Cultivar capacidade e eficiência sem entender a vida, sem ter uma percepção abrangente dos modos de pensar e desejar, só nos tornará cada vez mais implacáveis, o que é engendrar guerras e comprometer nossa segurança física.
O cultivo exclusivo da técnica produziu cientistas, matemáticos, construtores de pontes, conquistadores do espaço; mas eles entendem o processo total da vida? Qualquer especialista pode vivenciar a vida como um todo? Só quando ele deixar de ser um especialista.”

“A educação emocional visa desenvolver habilidades emocionais e bem-estar. Parte do princípio de que o bem-estar é um dos objetivos básicos da vida pessoal e social. A felicidade é frequentemente buscada por caminhos errôneos que podem levar a comportamentos de risco, como o uso de drogas. A educação baseada na ciência para o bem-estar deve ser vista como essencial para o desenvolvimento integral dos alunos.”

Santo Agostinho, um dos mais importantes teólogos e filósofos dos primeiros séculos da era cristã. Afirmou: “O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, porque é a fonte de todos os vícios”.

Alain Ehrenberg, sociólogo francês da atualidade, reflete sobre a sociedade focada no desempenho diante da necessidade de realização e autonomia.

Aristóteles, considerado o fundador da ética como uma disciplina da filosofia, um dos mais importantes filósofos gregos no século IV. Afirmou: “A dúvida é o princípio da sabedoria “.

Spinoza, pensador holandês do século XVII. Defensor da liberdade de pensamento e de expressão. Afirmou: “ Não rir, nem lamentar-se, nem odiar mas compreender”.

Han, filósofo e ensaísta contemporâneo sul-coreano, professor da Universidade de Artes de Berlim e autor de ensaios de críticas à tecnologia e à sociedade contemporânea.

Cora Coralina, poetisa e contista brasileira, mulher forte e libertária, teve seu primeiro livro publicado em 1965, quando já tinha quase 76 anos.

Epicuro, filósofo grego do período Helenístico, considerado o “Profeta do Prazer” e o “Apóstolo da Amizade”.

Nietzsche, filósofo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX. Afirmou: “Aquele que tem um forte porquê’ viver, suporta, praticamente, qualquer ‘como’ ”.

Hannah Arendt, de origem judaica, uma das mais influentes pensadoras alemãs do século XX. Afirmou: “O revolucionário mais radical se torna conservador no dia seguinte à revolução…”

Kant, filósofo, professor de Física, Antropologia, Lógica e Metafísica do século XVIII. Afirmou: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”.

Sartre, filósofo existencialista, escritor e crítico francês do século XX, afirmava que na condição humana a existência precede a essência. “O homem, primeiro existe, depois se define”.

Karl Popper, filósofo austríaco do século XX, naturalizado britânico. Afirmou: “Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos”.

Gandhi, líder politico e espiritual da Índia no século XX. Afirmou: “Seja, você mesmo, a mudança que quer ver no mundo”.

Heidegger, filósofo e professor alemão do século XX. Afirmou: “O que ouvimos ‘primeiro’ não são ruídos de sons complexos, mas o vagão rangendo, a motocicleta”.

Montaigne, filósofo humanista e escritor francês do século XVI. Afirmou: “Pode-se ter saudades dos tempos bons, mas não se deve fugir do presente”.

Nise da Silveira, psiquiatra brasileira, foi considerada pioneira na utilização de tratamentos humanizados para pacientes com transtornos mentais.

Paul Tillich, alemão, teólogo e filósofo da religião do século XX. Um dos fundadores da Escola de Frankfurt e, também, do movimento intelectual do “socialismo religioso”.

Pirro, filósofo grego do século I a.C, foi fundador do Ceticismo, corrente filosófica caracterizada, essencialmente, por duvidar de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano.

Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, foi autor de diversos diálogos filosóficos. Afirmou: “Tente mover o mundo, mas comece movendo a si mesmo”.

Sêneca, filósofo estoicista, poeta e humanista do Império Romano do século IV a.C. Escreveu sobre a alma, a existência humana, a ética, a lógica e a natureza.

Sócrates, o “pai da filosofia”, viveu no século IV a.C, na Grécia Antiga. O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase “Conhece-te a ti mesmo”.

Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo polaco-britânico do século XXI. Autor do conceito modernidade líquida que expressa que estamos vivendo tempos de instabilidade e volatilidade.

Fiódor Dostoiévski, escritor e filósofo russo, um dos maiores romancistas e pensadores da história descreve a ambiguidade da consciência humana com maestria e atemporalidade.

Liev Tolstói, dentre outros, autor de dois romances magníficos que marcaram a história da literatura mundial: Guerra e Paz e Anna Karénine.

Joaquim Maria Machado de Assis, jornalista, contista, cronista, poeta e teatrólogo brasileiro, crítico dos comportamentos, dos costumes e das estruturas sociais.